quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Limonete / Lúcia-lima

Nome científico: Aloysia triphylla ou Lippia citriodora
Nome vulgar: Limonete, Lúcia-lima, Bela-Luísa ou Erva-Luísa.


Origem: América do Sul (Perú e Chile)
A Lúcia-lima é um arbusto que pode alcançar nas nossas condicões de clima os 2 metros de altura, podendo chegar aos 4 metros em climas mais quentes.
As folhas inseridas à mesma altura encontram-se reunidas em grupos de 3. Elas tem a forma de lança e não apresentam pecíolo. As folhas são bastante aromáticas e possuem um forte odor a limão.


As flores apresentam tons de violeta pálido e crescem em grupos (em cacho). A floração ocorre durante o Verão.
Esta planta é muito utilizada em infusões.
A Lúcia-lima necessita de muita luz e pode ser cultivada directamente ao sol ou em meia-sombra. Gosta de calor e deve ser protegida das geadas.
Quando as temperaturas rondam os 0 ºC a planta perde as suas folhas embora os ramos resistam até aos – 10 ºC.


É uma planta que pode ser cultivada em vaso.
Prefere solos com boa drenagem e no Verão agradece regas frequentes.
É aconselhável fazer podas de limpeza, retirando folhas e flores secas.
Em condições normais é uma planta bastante resistente às doenças e pragas podendo, no entanto, ser atacada por aranhiço vermelho e por pulgão.


sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Alecrim

Nome científico: Rosmarinus officinalis

Nome vulgar: Alecrim


Origem: é uma planta originária da região mediterrânica.


Arbusto de folha perene, muito ramificado, que pode atingir os 2 metros de altura e com raízes muito profundas.


Planta muito aromática com grande número de aplicações medicinais e cosméticas. É também uma importante planta melífera.


Este arbusto apresenta folhas pequenas e duras sem pecíolo, muito aromáticas, de cor verde escura na face superior e esbranquiçadas (prateadas) na face inferior.


Apresenta flores de cor azul com os estames mais longos do que as pétalas e o lábio superior da corola curvado. As flores estão presentes na planta durante quase todo o ano e são muito atractivas para as abelhas.
Normalmente floresce entre Março e Outubro. Se o clima for ameno poderá florescer para além desses meses sem problemas.


O alecrim é usado na cozinha, na medecina e na perfumaria.


No jardim é utilizado em maciços, na bordadura de canteiros e em sebes baixas.


É uma planta que gosta de calor, alcançando o seu melhor desenvolvimento em locais secos e ensolarados e em solos com algum calcário. Gosta de terrenos arenosos, embora de adapte com facilidade a outros tipos de solo com excepção dos argilosos.
Esta espécie não aguenta terrenos encharcados.


No jardim a rega deve ser moderada. O excesso de rega é bastante prejudicial ao alecrim.


Esta espécie pode ser cultivada no litoral, suportado os ventos marítimos sem problemas.


Se for cultivada em vaso será necessário a cada 2 - 3 anos proceder a um novo reenvasamento utilizando-se para isso um substrato com algum calcário e uma boa drenagem.


Nesta planta a poda de formação não é necessária. Será necessário somente ir eliminando eventuais ramos secos que apareçam.
No inicio da Primavera poderemos proceder a uma desponta das hastes de modo a aumentar a ramificação da planta.


Segundo se diz o alecrim tem a virtude de afuguentar as pragas, pelo que as plantas que se encontram perto de si estarão mais protegidas dessas mesmas pragas.


Relativamente a doenças o alecrim pode ser atacado pelo oídio (ou pó branco), podendo as folhas amarelecer e cair.
As plantas podem sofrer igualmente de podridão radicular causada pelo fungo Rhizoctonia que se encontra no solo. No caso de um ataque deste fungo as plantas murcham e acabam por morrer. Terrenos encharcados são propensos ao ataque da Rhizoctonia.
As folhas do alecrim podem ainda ser atacadas por um fungo chamado Alternaria que causa manchas nas folhas. O ataque deste fungo previne-se por um lado, colocando as plantas em zonas muito soalheiras e por outro, evitando molhar as folhas ao regar.


Existe uma variedade de alecrim chamada Rosmarinus officinalis prostratus que, como o seu nome indica, apresenta um porte prostrado e que é igualmente utilizada como planta ornamental.



segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Cymbidium

Nome científico: Cymbidium spp.

Origem: Ásia.

Ao género Cymbidium pertencem umas 70 espécies de orquídeas terrestres e epífitas (que crescem sobre as árvores).

Os cymbidium foram as primeiras orquídeas vendidas como plantas de interior. São uma das mais populares orquídeas do mundo devido ás suas bonitas flores.


Um dos factos que a torna tão popular é que pode sobreviver a temperaturas baixas e floresce no Inverno, quando poucas outras orquídeas florescem.

São as orquídeas mais cultivadas no mundo, devido ao seu fácil cultivo. Existe um grande número de híbridos de todas as cores.

São plantas constituídas por pseudobolbos aéreos de onde saem folhas finas e compridas e com uma dobra longitudinal. As hastes florais nascem na base desses pseudobolbos e dão diversas flores por cada haste.

Os cymbidium florescem uma vez ao ano, do Inverno à Primavera, durante 8 a 12 semanas. As suas flores são das maiores de todas as orquídeas, e a gama de cores vai desde o verde ao amarelo, vermelho, castanho e branco.

É importante saber que esta planta só entra em floração se tiver 3 ou 4 pseudobolbos por planta.

Cultivo do cymbidium: colocar os cymbidium ao sol. As plantas devem captar a maior radiação solar possível. Uma das razões mais frequente para a falha na floração do Cymbidium é justamente a carência de radiação solar durante a época de crescimento.

Durante o Verão a temperatura óptima deve situar-se entre os 23 e os 30 °C. No Outono para que se produzam as hastes florais, a temperatura deve situar-se entre os 10 e os 15 °C.

Esta planta gosta de climas que apresentem uma grande diferença de temperatura entre o dia e a noite durante o Verão, com noites o mais frescas possível. Entre Janeiro e Abril gosta de temperaturas perto dos 12 – 13 ºC durante a noite e até 20 – 22 ºC durante o dia.

As noites frescas entre os 10 e os 14 ºC favorecem a formação das hastes florais.

Sustrato de cultivo: o mais adequado terá uma proporção de 50% de casca de pinheiro e 50% de turfa fibrosa.
A boa drenagem do substrato de cultivo é muito importante pois a água deve escoar rapidamente.

Rega: regar abundantemente a cada 2 - 3 dias desde o final da Primavera até Setembro.
Durante o Inverno basta regar uma vez por semana.

Se a água de rega tem um pH alto dever-se-á juntar sulfato de ferro para baixar o pH.

Adubação: a cada 15 dias, na rega, desde a Primavera até ao final do Verão. Alternar de cada vez os adubos utilizados, usando quer um adubo para plantas com flor quer um para plantas verdes.

A cada 6 semanas dever-se-iam usar microelementos.

Mudança de vaso: a cada 2 / 3 anos, imediatamente após a floração.

Pragas: as folhas podem ser atacadas por cochonilhas, aranhiço vermelho e tripes. Aplicar insecticidas especificos para essas pragas.

Problemas: folhas amareladas ou com manchas negras na zona da curvatura da folha significa que as plantas estão excessivamente expostas á radiação solar. Mover as plantas para uma zona com mais sombra.


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Ciclamen

Ciclamen


Nome científico: Cyclamen persicum

Nome vulgar: Ciclamen.

Origem: Pérsia, Médio Oriente. Cresce naturalmente também nos Alpes.

Altura: 20-30 cm.

O ciclamen é uma das mais populares plantas de floração invernal devido ao facto de nessa época do ano haver poucas plantas em flor.
As suas pétalas que se dobram sobre si próprias originam flores belas e únicas.

As variedades modernas apresentam flores com uma vasta gama de cores que vão desde o branco ao vermelho vivo, passando por tons de rosa, roxo e salmão. As folhas, em forma de coração e com um longo pecíolo, apresentam manchas prateadas com diferentes formas.

A época de floração vai do Outono até à Primavera.

Apesar de ser considerada uma planta anual, o ciclamen pode durar vários anos se tiver as condições adequadas.
No entanto, as flores tendem a diminuir de tamanho com o aumento da idade da planta.

O ciclamen permanece em dormência durante a estação quente e seca, brotando com a descida das temperaturas e o começo das chuvas.

A desvantagem destas plantas é a sua curta duração dentro de casa, que se torna menor quanto maior for temperatura do local onde se encontram.

Para manter a floração durante mais tempo devem comprar-se plantas que apresentem muitas gemas florais ainda por abrir.

Apesar de precisar de muita luz, deve-se tentar evitar que o sol incida directamente sobre as plantas procurando colocá-las em zonas onde não haja radiação solar directa.

Dentro de casa deve-se colocar a planta num compartimento mais fresco e perto de uma janela que esteja virada a norte. O ciclamen deve ser afastado o mais possível de fontes de calor.

Temperaturas óptimas: no verão 18 a 20 ºC; 12 a 15 ºC a partir de Outubro.

Plantação: entre o meio e o final do Verão para florescer do Outono até à Primavera.

Regar por baixo (questão muito importante), não deitando a água directamente no substrato do vaso. O método consiste em fazer penetrar a água através dos buracos de drenagem dos vasos onde se cultiva o ciclamen.
A rega só deve ser repetida quando o substrato já estiver quase seco uma vez que o excesso de água poderá fazer apodrecer a planta.
Escolher um substrato ligeiro que tenha uma boa capacidade de arejamento.

No período de crescimento vegetativo e de floração deve-se fornecer um adubo através da água de rega a cada 15 ou 20 dias. É preciso cuidado com o azoto para evitar um excessivo desenvolvimento foliar. O potássio é fundamental para a qualidade da floração.

Doenças e pragas que atacam o ciclamen

Botrytis ou Podridão cinzenta – nos pecíolos das folhas e nos pedúnculos das flores pode-se desenvolver um fungo ou bolor de cor cinzenta chamado Botrytis cinerea. Também nas pétalas das flores podem aparecer manchas da mesma cor.
Para evitar os ataques deste fungo deve-se evitar molhar as plantas ao regar.
As partes da planta atacadas pelo fungo devem ser arrancadas e deitadas fora. Pulverizar com um fungicida especifico para combater e evitar a propagação do fungo.

Oídio – Manchas de pó branco. Combate-se com um fungicida antioídio.

Ataque da bactéria Erwinia carotovora – os sintomas são apodrecimento das folhas e do tubérculo. Não há tratamento para esta doença. As plantas e o substrato devem ser destruídos para evitar a propagação da doença.

O ciclamen pode sinda ser atacado pela Antracnose e pelo Fusarium oxysporum.

Os fungos Pythium e Rhizoctonia podem atacar as raízes e o tubérculo do ciclamen.

Golpe de calor – um ambiente seco e quente pode fazer murchar o ciclamen. As folhas amarelecem e secam.

Quanto a pragas que podem atacar os ciclamens temos: trips, mosca branca, ácaros, gorgulhos ou escaravelhos, lagartas e nóctuas, nemátodos.

Quando se cultiva o ciclamen em vaso deve-se regar por capilaridade ou seja por absorvação a partir de baixo.

O cultivo também é possível em jardim, devendo a planta ser colocada debaixo de árvores para ficar protegida dos raios solares.
Quer em vaso quer no jardim esta planta é muito sensível ao excesso de humidade.

No Verão a planta entra em repouso vegetativo e deve-se manter um pouco de humidade no solo ou no substrato.

Clorose das folhas – pode ficar-se a dever a um excesso de calcário na terra ou a rega com águas calcárias. Usar quelatos de ferro para corrigir as carências deste elemento.

domingo, 18 de novembro de 2012

Agapantos

Agapantos

Nome científico: Agapanthus africanus

Nome vulgar: Agapanto, Agapantos.

Origem: África do Sul.

Planta perene de raízes tuberosas. Apresenta uma altura de 1 a 1,5 metros. Existem no mercado diversos hibridos anões.


Esta planta possui raízes carnudas que vão dando origem a mais plantas.

Apresenta folhas com um comprimento de 30 centímetros de cor verde brilhante. As folhas vão crescendo ao longo de todo o ano.

Os agapantos apresentam flores azuis ou brancas reunidas em umbelas de 20 a 30 flores.

A época de floração vai desde finais da Primavera até ao Verão.

Quando são pequenas as plantas podem demorar 2 a 3 anos a florescer pela primeira vez, mas depois disso florescem todos os anos.

O agapanto é uma planta muito resistente que se utiliza nos jardins para formar maciços. O seu cultivo é muito fácil e não requer grandes cuidados.

Esta planta pode ser colocada quer em pleno sol quer em situação de meia sombra florescendo bem nas duas situações.

Esta espécie resiste bem ao frio e ás geadas durante o Inverno. Só perde as folhas se a temperatura chegar a – 8 ºC.

Em termos de solo é pouco exigente. Prefere no entanto solos bem drenados.

Durante a floração agradece a rega.

É bastante resistente a pragas e doenças. As folhas podem ser atacadas por caracóis e as raízes por nemátodos e toupeiras.

A cada 4 / 5 anos convém dividir os maciços que entretanto foram crescendo e ficando mais densos. Esta operação deverá ocorrer após a floração, no Outono.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Abutilon - Lanterna chinesa

Lanterna chinesa, Lanterna japonesa


Nome científico: Abutilon megapotamicum.


Nome vulgar: Lanterna chinesa ou Lanterna japonesa.


Origem: Brasil.


Arbusto de textura semi-lenhosa, com 2 a 3 metros de altura apresentando ramos finos e compridos, débeis e flexíveis. Estes ramos não suportam o seu próprio peso e tem tendência a cair até ao solo. Assim a planta tem que ser tutorada obrigatoriamente se queremos que tenha um bom aspecto.


Flores solitárias, pendentes, com cálice vermelho e corola amarela. As flores lembram lanternas.
A época de floração estende-se desde a Primavera até ao Outono.


É uma planta adequada para varandas pois pode crescer em vaso.


Luz: Esta planta gosta de uma localização com muita luz. O problema é que durante o Verão se lhe der o sol directo durante as horas de maior intensidade, as folhas podem sofrer queimaduras. O ideal seria que lhe desse sombra durante as horas de sol mais intenso.


As geadas no Inverno podem causar problemas nesta planta, pelo que é aconselhável colocá-la junto a uma parede, por exemplo virada a sul, que lhe possa servir de protecção.


Devido ao seu porte é conveniente colocá-la em local pouco ventoso.


Gosta de solos férteis, com boa drenagem e não tolera o excesso de calcário.


Este arbusto pode ser podado para fortalecer os ramos principais.


Pragas: esta planta pode ser atacada pelo aranhiço vermelho e pela cochonilha.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Hortênsias

Hortênsia ou Hidrângea

Nome científico: Hydrangea macrophylla

Nome vulgar: hortênsia, hidrângea

Origem: Extremo Oriente.

Arbusto de folha caduca com 1 a 2 metros de altura. As folhas são grandes, de forma oval e borda dentada e caem quando chega o Outono.

Flores verdes no inicio e que mais tarde ficam rosadas ou azuis, reunidas numa grande inflorescência de forma globular (corimbos). O que dá cor à inflorescência são umas folhas modificadas chamadas brácteas.

A floração começa na Primavera e prolonga-se até ao Outono. As cores das flores vão do branco a diversos tons de rosa, azuis e mesmo fúcsia.

Esta planta deve ser colocada numa posição de meia sombra pois o sol forte do Verão queima-lhe as folhas.

No Inverno a planta entra em repouso vegetativo pelo que o frio e as geadas não a prejudicam.

A hortênsia gosta de solos ácidos (pH = 5), porosos, permeáveis, frescos e húmidos. O pH do solo é importante pois tem influência na cor das flores.

Necessita de regas abundantes e frequentes. Esta planta necessita de terra sempre húmida sobretudo no Verão.
A água de rega não deverá ter calcário.

Durante o Inverno poder-se-á juntar ao solo estrume, turfa ácida ou substrato ácido.

As hortênsias agradecem adubos ricos em potássio e pobres em azoto e fósforo. Um adubo rico em azoto vai provocar a produção de muitas folhas e uma floração escassa.

A cor das flores é determinada pelo pH do solo ou do substrato. Se o solo ou o substrato tiverem um pH de 4,5 a 5 e um alto teor de alumínio e um elevado teor de potássio, a flor será azul.

Para conseguir flores azuis deve-se fazer o seguinte:
Dissolvem-se 10 gramas de sulfato de alumínio em 5 litros de água e rega-se 2 vezes por semana.
Alternativamente podem-se usar 20 gramas de sulfato de ferro em 5 litros de água e rega-se também 2 vezes por semana.
Com esta adubação obtemos um pH inferior a 5 e conseguimos que uma hortênsia de flor rosa produza flores azuis.

Pragas e doenças que atacam as hortênsias: caracóis e lesmas; nemátodos (na raíz); pulgões, tripes, moscas brancas e aranhiço vermelho; fungos nas folhas.

Se as folhas ficarem amarelas isso chama-se clorose e resolve-se fornecendo ás plantas um quelato de ferro.
Preventivamente pode-se fornecer ás plantas adultas cada 6 semanas um adubo com quelatos de ferro.

Poda de limpeza da hortênsia: no Inverno eliminar os ramos mortos, secos ou doentes; eliminar os ramos débeis, mal orientados ou que sobressaem muito do arbusto; eliminar flores secas; corrigir a assimetria se a copa do arbusto estiver descompensada.

Poda de floração da hortênsia: esta planta deve ser podada todos os anos no final do Inverno (durante o mês de Fevereiro). Devemos só podar os ramos que deram flor. Cortar acima do 2.º nó do ramo. Destes nós vão surgir lançamentos que irão dar flor no próximo ano.

Não se devem podar os ramos que não deram flor pois são os que vão agora dar flor este ano.
Os ramos que saem directamente do solo só darão flor no próximo ano conjuntamente com as hastes que vão surgir dos nós que foram deixados depois da poda deste ano.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Estrelícia

Estrelícia
Nome científico: Strelitzia reginae
Nome vulgar: Estrelícia, Ave-do-Paraíso.
Esta planta não é um arbusto mas uma herbácea perene com uma altura de 1 a 2 metros. Origem: África do Sul.
Grandes folhas, rijas e coriáceas, persistentes de forma oval e oblonga, de cor verde azulada.


Cada haste floral tem 5 a 8 flores formadas por grandes sépalas de cor de laranja brilhante (há uma variedade de flor amarela) e por três pétalas de cor azul metálico brilhante.
O mais surpreendente da estrelícia são as suas flores. A elas de deve o nome pelo qual também se conhece esta espécie: Ave-do-Paraíso.
A maior parte da floração ocorre durante o Inverno e a Primavera


A estrelícia deve ser colocada em local soalheiro e de Inverno convém protegê-la das geadas. Para florescer a temperatura média tem de estar acima dos 10 ºC.
É uma planta que só floresce a partir dos 3 anos de idade.
As estrelícias são bastante resistentes ao vento e por isso são adequadas para as zonas costeiras.
Adaptam-se à maioria dos solos desde que estes possuam uma boa drenagem (ver doenças).


É uma planta bastante resistente que não necessita de particular atenção. No Verão necessita de alguma rega e também de algum adubo.
Pragas: Cochonilha.
Doenças: A podridão radicular é a única doença importante da estrelícia. O fungo responsável (Fusarium) desenvolve-se em terrenos húmidos com má drenagem.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Leptospermum

Leptospermum


Nome científico: Leptospermum scoparium
Nome vulgar: Leptospermo, Leptospermum.
Origem: Austrália e Nova Zelândia.


Arbusto ou pequena árvore muito resistente com 1,5 - 2 metros de altura. Crescimento compacto.
Espécie de folha perene, apresentando folhas pequenas (perfumadas) entre o verde e o púrpura.
Flores singelas ou dobradas de cor vermelha, branca ou cor de rosa. As flores apresentam uma grande longevidade.


Existem mais de 85 cultivares diferentes desta espécie.


Esta planta deve ser colocada em posição soalheira embora também se possa adaptar a uma meia sombra.
Pode ser cultivada em vaso. Aguenta muito bem a poda, ramificando bastante e apresentando um porte compacto.
Depois da floração deve ser podada para crescer frondosa e compacta.


Este arbusto aguenta bem os calores do Verão e o frio do Inverno, tolerando alguns períodos curtos de geada.
Esta planta não suporta o calcário do solo. Necessita de substratos ligeiramente ácidos e bem drenados. Durante o período da floração devemos adubar de 15 em 15 dias.


Resistente à seca. Um terreno mal drenado que possa encharcar provoca-lhe o apodrecimento das raízes.
É uma espécie adequada para as zonas costeiras pois resiste bem aos ventos fortes e aguenta os ambientes salinos.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Brincos de Princesa - Fuchsia



Brincos de Princesa

Nome científico: Fuchsia hybrida
 
Nome vulgar: Brincos de Princesa.

Origem: as Fuchsias são originárias da América. As variedades comerciais que se encontram hoje no mercado são híbridos provenientes de diversos cruzamentos.

Arbusto pequeno e muito ramificado, de folhagem persistente.

Folhas ovais, opostas, com pecíolos muito curtos e margens finamente dentadas.

As flores são similares ás da espécie original (Fuchsia magellanica). Apresentam, no entanto, um tamanho maior e são mais vistosas. As flores (de porte pendente) localizam-se nas extremidades dos ramos do ano e são suportadas por pedúnculos longos.

As flores apresentam um cálice vermelho ou branco e as pétalas podem ser vermelhas, azuis, rosadas, violeta ou brancas.

Floresce desde a Primavera até ao Outono de forma ininterrupta. Se a planta estiver protegida do frio pode manter-se em floração em pleno Inverno.

Como é um híbrido existe uma enorme quantidade de variedades com diferentes tamanhos, diferentes cores das flores e também hábitos de crescimento (há variedades de porte erecto e variedades de porte pendente).

Esta espécie nunca se deve colocar completamente ao sol. Deve-se procurar um local luminoso com uma exposição em meia sombra.

Não sobrevivem a uma temperatura abaixo de 0 ºC.

Esta espécie gosta de humidade e beneficia caso se faça uma pulverização frequente das folhas.

Gostam das névoas, dos chuviscos e do ar fresco.

É uma planta que precisa de mais água que a maioria das outras plantas. É preferível regar com menos quantidade mas regar todos os dias.

Agradece um substrato ligeiramente ácido (pH de 5,5 a 6).

A água da torneira com os seus carbonatos e bicarbonatos, tenderá a fazer subir o pH do substrato. A solução é tornar esta água um pouco mais ácida juntando por exemplo ácido cítrico (encontra-se no sumo do limão).

Esta planta pode ser cultivada em vaso sem problemas. Depois do repouso do Inverno é aconselhável retirar metade do substrato anterior e substitui-lo por outro fresco.

A praga mais comum são os pulgões que atacam esta planta especialmente na Primavera.
Outras pragas: mosca branca e aranhiço vermelho.

As fuchsias são afectadas por fungos e insectos e as deformações que sofrem as suas folhas prejudicam bastante a aparência geral da planta pelo que devem pôr-se em prática medidas preventivas de controlo desses ataques.

Poda de limpeza da Fuchsia.

Devem ser eliminados os seguintes elementos, de preferência no Inverno: ramos mortos, secos, quebrados ou doentes; ramos débeis ou mal orientados; ramos com excesso de vigor; flores murchas e frutos. Se necessário corrigir a assimetria do arbusto se a copa estiver descompensada.
 
Poda de floração da Fuchsia.

A poda de floração baseia-se na técnica da desponta dos ramos. A desponta consiste no corte das extremidades tenras dos ramos.

Esse corte vai provocar uma maior ramificação da planta, conseguindo-se uma forma mais arredondada e um maior número de flores (mais ramos é igual a mais flores).

Os ramos são despontados deixando-os com 2 nós. Isto significa que cortamos por cima do segundo nó a partir da base do ramo.

Desses nós vão sair novos ramos que vão ser igualmente despontados, deixando também um ou dois nós.

O inconveniente da desponta é que se perde a floração mais precoce, porém a planta apresentar-se-á mais compacta, arredondada e com uma floração massiva.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Callistemon / Limpa Garrafas



Limpa Garrafas

Nome científico: Callistemon citrinus

Nome vulgar: Limpa Garrafas

Origem: Austrália.

Arbusto de folha perene que pode alcançar os 4 metros de altura. Esta espécie é muito apreciada nos jardins pela sua floração espectacular.

Folhas lanceoladas, alternas e coriáceas de cor verde pardo.

Na Primavera e no Verão aparecem umas espigas de flores vermelhas entre as folhas de cor verde pardo.

É uma planta bastante resistente e consegue desenvolver-se em terrenos muito pobres.
 
Esta planta deve ser colocada numa posição soalheira e sempre que possível deve ser plantada junto de uma parede virada a sul de modo a ter alguma protecção contra o frio em excesso e as geadas.

Agradece um terreno permeável e se possível sem muito calcário. Um substrato ácido (com um pH de 6), fértil e bem drenado produz excelentes resultados no desenvolvimento desta planta.

Regar com alguma frequência durante a Primavera – Verão.

Podar os ramos demasiado compridos após a floração para ir dando a forma desejada à planta.

Pragas que atacam o Callistemon: aranhiço vermelho, pulgão, cochonilha-algodão. Tratar com insecticidas específicos.

Hibiscus



Hibisco

Nome científico: Hibiscus rosa-sinensis

Nome vulgar: Hibisco.

Origem: China.

Dentro do género Hibiscus há duas espécies utilizadas nos jardins: o Hibiscus rosa-sinensis e o Hibiscus syriacus. A primeira é uma espécie de folha perene e a segunda de folha caduca.

O hibisco rosa-sinensis pode atingir uma altura até 5 metros. As folhas (perenes) são alternadas e ovais com bordos mais ou menos dentados, de cor verde escura e aspecto brilhante.

Flores solitárias, axilares e em forma de funil, singelas ou dobradas, de cor vermelha, amarela, rosa e laranja. É uma espécie cultivada pela beleza e colorido das suas flores que no seu centro apresentam grandes estames amarelos.
Todos os anos aparecem no mercado novas variedades de hibisco.

Em climas mais amenos a floração é contínua durante todo o ano.

Esta espécie requer um lugar soalheiro, quente e protegido dos ventos frios e das geadas. Com a idade esta planta vai endurecendo e vai-se tornando mais resistente ás geadas

Preferem um solo fértil, húmido, bem drenado e rico em matéria orgânica.

Poda de limpeza do hibisco.

Com esta poda devem-se eliminar no Inverno os seguintes elementos: ramos mortos, secos, partidos ou doentes; ramos fracos ou mal orientados; ramos que sobressaem por excesso de vigor; flores murchas; se necessário corrige-se a assimetria para melhorar a aparência, por exemplo, se a copa aparece descompensada.

Poda de floração do hibisco.

O hibisco é uma planta que floresce nos ramos do ano. Uma gema axilar dá origem a um ramo na Primavera e é esse ramo que vai produzir flores.
Por esse motivo, devemos procurar que a planta produza uma grande quantidade de ramos novos cada ano o que significará una grande quantidade de flores.

Esta poda deverá ser feita no fim do Inverno, princípio da Primavera.
É uma poda com alguma severidade provocando uma forte rebentação de novos ramos. Desta maneira a planta manterá um tamanho mais pequeno e florescerá com abundância sobre os ramos desse ano.

Se podarmos a planta pouco, ela torna-se maior e também floresce, só que com menor abundância. Uma poda forte produzirá mais flores.

Doenças e pragas do hibisco.

Manchas das folhas: são geralmente castanhas e são causadas por diversos fungos que atacam as folhas (Alternaria, Cercospora, Colletotrichum e Phyllosticta). Apanhar e queimar as folhas.
Aplicar fungicidas se as condições de temperatura e humidade forem favoráveis ao aparecimento e desenvolvimento destes fungos.

Podridão cinzenta: o fungo chamado Botrytis cinerea, em ambiente húmido e em plantas com a folhagem muita densa, pode atacar as folhas e as flores do hibisco. Convêm evitar o excesso de folhas, aumentado o arejamento e em caso de ataque deve-se aplicar um fungicida contra a botrytis.

Ferrugem: folhas e ramos jovens apresentam pústulas características da ferrugem. As pulverizações com cobre podem deter o seu desenvolvimento.

Podridão das raízes: em terrenos húmidos e pesados (compactos) as raízes poderão apodrecer devido ao ataque de fungos como a Rhizoctonia e o Pythium. Evitar a humidade excessiva do solo.

Pulgões, cochonilhas, aranhiço vermelho (ácaros), mosca branca.